quinta-feira, 26 de abril de 2018

A importância do compliance e os reflexos no mercado brasileiro

Encontrei esse excelente artigo da Juliana Nascimento, no site do Campo Grande News, e compartilho com vocês.

25/04/2018 14:01

A importância do compliance e os reflexos no mercado brasileiro

Por Juliana Oliveira Nascimento (*)
A instituição de um programa de compliance nunca foi tão discutida como nesses últimos anos no Brasil, vindo ao encontro das surpreendentes revelações advindas das investigações e dos casos de corrupção apresentados no panorama brasileiro. Diante desses fatos, pode-se evidenciar como as organizações envolvidas nos escândalos sofreram consequências diretas na reputação, além de perdas financeiras, de negócios e de valor no mercado. Sim, a reputação. Muito valiosa e, quando atingida, reflete diretamente a imagem e o nome da empresa. Logo, ocasionando uma repercussão que, dependendo do caso e do impacto, fazem com que algumas companhias cheguem a cogitar a alteração do seu nome, de tão marcada negativamente que ficou perante o mercado brasileiro e global.
Imediatamente, essas circunstâncias demonstram a realidade da corrupção que não se pode e não se deve mais ocultar. Os fatos divulgados na imprensa têm levado muitas empresas a compreender a seriedade de mais controle dos seus atos, o que engloba também os seus stakeholders. As instituições passaram a notar como imprescindível atuarem com proeminência da ética, comprometimento da alta direção e a consolidação da cultura corporativa em prol do compliance - sendo relevante, neste sentido, o fortalecimento da Governança Corporativa e a criação de programas de conformidade, fundados sob a perspectiva do planejamento estratégico da organização.
Além disso, cabe salientar que o compliance deve ser aplicado de forma efetiva e não somente um programa existente para outros verem - uma vez que compliance que não é real, não é compliance. Nessa conjuntura, o programa de integridade deve estar pautado em prevenção de riscos de fraude e corrupção, mas, também, na adequação das corporações às questões legais e regulatórias, específicas ao setor no qual atua. Muitos entendem que o investimento é elevado; todavia, não se pode deixar de lado que o comprometimento das empresas trazem muitos benefícios vindouros à própria companhia e ao país - que hoje se encontra, ainda, desacreditado pelos investidores.
A perda de confiabilidade do Brasil foi corroborada com o rebaixamento das notas de crédito pelas três agências de risco que possuem maior visibilidade no mundo. Primeiramente, pela agência Standard & Poor’s, em seguida pela agência Fitch Ratings, e depois pela Moody’s, um marco no retrocesso da economia brasileira. Diante disso, se evidencia que uma das causas desse decréscimo econômico deu-se pela instabilidade econômica e política brasileira decorrentes da corrupção confirmada na maior investigação em curso: a Operação Lava Jato.
O Brasil é um país com imensa possibilidade de crescimento, mas a corrupção é um anacronismo, visto que impacta diretamente no desenvolvimento econômico, afeta a justiça social, bem como o Estado de Direito; por conseguinte, convém ser combatida de forma contundente. Vislumbra-se que tanto o mercado, quanto a sociedade, não têm perdoado as companhias flagradas em atos ilícitos e fraudes, visto que apresentam uma posição de verdadeiro repúdio às empresas envolvidas com a corrupção.
Aliás, nessa perspectiva, não se pode esquecer que ações como esta remetem a uma via de mão dupla. Quando uma fraude é descoberta, com operação e denúncia deflagrada, automaticamente os mercados rebatem negativamente e conjecturam as suas consequências. Inevitavelmente, suscita reflexos na economia do país, além de perdas - de reputação, financeira e de credibilidade, que são inestimáveis para a sustentabilidade corporativa. A realidade atual não permite escolhas erradas, pois os resultados são calamitosos, principalmente em decorrência da crise econômica.
Desse modo, manter-se no mercado, nos dias de hoje, é um desafio que as companhias devem enfrentar, tendo como enfoque uma atuação íntegra em seus negócios. Sendo assim, não se admite a existência de “lacunas”, como a falta de lisura que venha a colocar em risco o progresso e futuro da empresa. Esse é o momento de concretizar profundas transformações desse cenário com ações de prevenção, inclusive com a instituição do compliance, sendo essencial que as organizações ponderem para a sua efetivação. Espera-se que façam isso para seu próprio aprimoramento e engajamento de mais transparência, de modo que a integridade e a ética sejam o eixo central da condução dos negócios, reverberando, consequentemente, no crescimento e no fortalecimento da boa reputação.
Sob esse prisma, essa mudança demanda o comprometimento de todos os envolvidos, mas no fim, valerá a pena. Afinal, quando se trata de negócios, a ética, a integridade, a transparência e a boa-fé são bases fundamentais para o desenvolvimento, bom êxito e a sustentabilidade da companhia no mercado, bem como, para a economia do país.
(*) Juliana Oliveira Nascimento é advogada especialista em Compliance, mestre em Direito e coordenadora do MBA em Governança Corporativa, Riscos e Compliance da Universidade Positivo (UP), de Curitiba (PR).



terça-feira, 17 de abril de 2018

MidiaNews (MT): Cabo da PM lança livro sobre governança

Em Cuiabá (MT), o cabo da Polícia Militar Laudicério Aguiar Machado lança, na próxima sexta-feira 20/04, o livro Governança Pública – Serviço de Saúde, para aos agentes de segurança pública em Mato Grosso, com o objetivo de contribuir com ações em gestão com aporte teórico e metodológico que favoreçam a tomadas de decisões.

Vejam a notícia completa em Midianews (http://midianews.com.br/cotidiano/cabo-da-pm-lanca-livro-sobre-governanca-para-agentes-de-seguranca-publica/322555).

Reprodução de site externo:

Cabo da PM lança livro sobre governança para agentes de segurança pública

O objetivo da obra é contribuir com ações em gestão com aporte teórico e percursos metodológicos e contribuir nas tomadas de decisões


Lenine Martins - DA REDAÇÃO 

Diante de um cenário bem atual em que é imprescindível buscar caminhos para a eficiência na gestão pública que o cabo da Polícia Militar, Laudicério Aguiar Machado, lança nesta sexta-feira (20.04), na sede da Cruz Vermelha, às 19h45, o livro Governança Pública – Serviço de Saúde aos agentes de segurança pública em Mato Grosso. O objetivo da obra é contribuir com ações em gestão com aporte teórico e percursos metodológicos e contribuir nas tomadas de decisões.

O autor destaca que precisava colocar em prática o que aprendeu quando cursava o segundo semestre do curso de graduação em Administração, com Habilitação em Hospitalar na FAUC. Conheceu o serviço de saúde ofertado aos policiais militares, e, a partir daí resolveu desenvolver no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre tema Reflexão da Necessidade de implantação de um Hospital Militar em Mato Grosso, mas para isso, era preciso entender qual perfil de gestor seria necessário para administrar uma unidade de saúde militar.

Laudicério aprofundou sua pesquisa para o mestrado e doutorado na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), em São Paulo. A teoria utilizada como referência em seu mestrado, foi com base no estudo de Henri Metzenberg - que definiu quais eram os papeis do executivo em três dimensões: informacionais, interpessoais e decisionais. De acordo com esses aspectos compreendeu qual é o perfil necessário para esse agente, de acordo com os resultados dos estudos comparativos nas unidades de saúde da segurança pública nos quatro estados da Região Centro-Oeste – MT, MS, DF e GO.

“Fui instigado em entender qual seria o perfil de governança ideal o que surgiu a primeira proposta de doutorado – ‘Qual é o sistema de Saúde para ofertar aos agentes de segurança pública’. O mestrado e doutorado foram desenvolvidos linha de pesquisa de Estudo Organizacionais e Gestão de Pessoas. As organizações necessitam desse profissional crítico para contribuir para o processo de desenvolvimento organizacional”.

Outra referência, segundo Laudicério foi durante uma palestra do então senador, hoje governador Pedro Taques, no Tribunal de Contas da União, durante um evento sobre práticas de boa governança. Pedro Taques foi debatedor em um painel sobre Governança Pública em Segurança Pública.

“De forma muito objetiva fui instigado mais uma vez e despertou-me a vontade de aprofundar o conceito. Já tinha estudando uma disciplina sobre governança no doutorado, por isso, resolvi aprofundar a pesquisa que se tornou a pesquisa definitiva da tese de doutorado e o livro”.

Carreira

Laudicério é cabo e atua de acordo com sua patente dentro da hierarquia militar. Além disso, hoje é gestor do Observatório da Polícia Militar, atribuição delegada por razão de sua formação acadêmica adquirida no doutoramento em administração.

O setor é uma das atividades desenvolvidas no Centro de Desenvolvimento de Pesquisa (CDP), subordinado a Diretoria de Ensino da PM/DEIP, sendo dedicado à investigação e acompanhamento de tópicos relacionados à Polícia Militar e à segurança pública, com ênfase aos relatórios, projetos, ações e estratégias de enfrentamento dos problemas da segurança pública. Busca parcerias com instituições públicas e privadas, centros de estudos, universidades e grupos de pesquisa, com proposito de promover debates, sugestões e projetos. 

O Centro de Desenvolvimento de Pesquisa funciona nas dependências físicas da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso (Esfap), e tem seu corpo técnico formado por oficiais e praças da PM com mestrado e doutorado, ou cursando ambos.

Desafios

Filho de mãe paulista boia fria e pai caminhoneiro capixaba, cresceu no bairro Santa Izabel, com quatro irmãos. Durante o período de estudos entre 2010 e 2012 pegava carona, com percurso de 30 horas ia e volta durante dois anos para Piracicaba.

Aulas sempre as terças-feiras, chegada na quarta-feira no período da tarde, a aula era na quarta à noite e na quinta-feira voltava – na sexta-feira à tarde lecionava na faculdade para ajudar nas despesas, no sábado trabalhava de garçom em festas e buffets, e no domingo corrigia trabalho, provas em orientação de TCC.

Foi professor no Curso Superior de Polícia (CSP), na disciplina Planejamento Estratégico Governamental, para tenentes-coronéis e delegados, para progressão de carreira.

Hoje, Laudicério é referência e sabe que a pesquisa o incentivou a não desistir. Sou uma chave do processo de transformação. O soldado pode continuar na instituição e desenvolver intelectualmente. Esse reflexo vai transformar em contribuição dentro do desenvolvimento do dia a dia do policial e da sua atividade. São policias que estão terminando graduação em estatística, tecnologia da informação já fizeram cursos do Bope – operacionais eu indico que esses policiais realizem seus sonhos que esses sonhos venham a contribuir com a corporação.

Governança Pública – Serviço de Saúde aos agentes de segurança pública em Mato Grosso, tem 184 páginas, produzido pela Life Editora. Exemplares disponíveis nas livrarias da Grande Cuiabá, no valor de R$ 40.

Serviço

O que: Lançamento do livro Governança Pública – Serviço de Saúde aos agentes de segurança pública em Mato Grosso

Dia: Sexta-feira (20.04)
Horário: 19h45
Local: sede da Cruz Vermelha, ao lado do Comando Geral da Polícia Militar

Mais informações:

SITE: www.pmdoutorlaudicerio.com.br
EMAIL: contato@pmdoutorlaudicerio.com.br
INSTAGRAM: pmdoutorlaudicerio
FONE: (65) 9 9614-4143

Blog Casa das Caldeiras: Fatores sociais e governança pesam mais que ambiente no TGM-ESGI

Interessante post do blog Casa das Caldeiras, situado no portal do Valor Econômico, que demonstra que a avaliação de fatores sociais e de governança, feita pela TGM, tem peso maior que ambientais para medir a sustentabilidade econômica de um país. 

Veja o post completo a seguir e no endereço blog Casa das Caldeiras (http://www.valor.com.br/valor-investe/casa-das-caldeiras/5408701/fatores-sociais-e-governanca-pesam-mais-que-ambiente-no-tgm).

Reprodução do blog informado:
 | Postado por: Angela Bittencourt Seção: B3,BM&FBovespaDerivativosEconomia americanaEconomia mundial,Investimentos

Fatores sociais e governança pesam mais que ambiente no TGM-ESGI

A avaliação de fatores ambientais, sociais e de governança feita pela da Templeton Global Macro – proprietária do TGM-ESGI -- inclui 13 subcategorias dos grupos de fatores de dessas três áreas que a equipe chefiada por Michael Hasenstab considera críticos para medir a sustentabilidade econômica de um país. Algumas dessas categorias não possuem implicações imediatas, mas podem ter efeitos significativos na economia, no médio a longo prazo, explica a última edição do relatório Global Macro Shifts, com linha de corte em 8 de fevereiro como referência sobre as informações utilizadas em cálculos.
Apesar da inclusão de uma dúzia de subcategorias de fatores para compor a análise de países e as oportunidades que eles oferecem para investimentos, os analistas alertam para a dificuldade de compartimentar os dados. Eles explicam que as notas atuais e as projetadas são atribuídas individualmente para cada subcategoria. As notas individuais levam a uma média. Na etapa a seguir, serão obtidas notas para as condições ambientais, sociais e de governança.
A nota de ESG [Environmental, Social and Governance] de cada país considera um peso de 40% para governança, 40% para social e 20% para condições ambientais. A participação menor dos fatores ambientais é justificada pelo fato de seus impactos na economia ocorrerem frequentemente em um horizonte de tempo significativamente mais longo do que os de governança e social e também em prazos mais longos do que o da maioria das estratégias [de gestão de investimento] voltadas aos fundamentos.
O índice TGM-ESG é considerado uma métrica adicional pela equipe da Templeton que esclarece não estar formando julgamento de valor sobre governos, estruturas sociais ou políticas ambientais pela inclusão da análise desses fatores nos processos de investimento.
Os fatores ambientais, sociais e de governança somados à análise econômica levam à avaliação das condições macroeconômicas segmentadas em crescimento e potencial de crescimento dos países, volatilidade e resiliência, produtividade, consumo, investimento doméstico, inflação, crédito, profundidade financeira, política fiscal e endividamento, competitividade, comércio exterior, fluxos de capital e reservas de capital. A essas condições macroeconômicas são agregadas métricas de valor dos ativos financeiros – spreads vigentes nas operações de crédito, prêmio de risco, câmbio e taxa de juros.
As subcategorias do TGM-ESGI da Templeton tratam na área social, coesão e estabilidade social, infraestrutura, capital humano, trabalho, demografia. Na análise sobre o meio ambiente estão incluídas práticas insustentáveis, risco de condições climáticas extrema e escassez de recursos.
As subcategorias do fator governança que compõe o TGM-ESGI e suas implicações nas condições macroeconômicas serão detalhadas em outro post a ser publicado ainda hoje.

domingo, 15 de abril de 2018

Sucesso do evento "O Futebol que a gente quer: Olhar de governança"

Foi um sucesso o evento "O Futebol que a gente quer: Olhar de governança"!!!
Realizado em 14/04/2018, no auditório da Fundação 2 de Julho, contou com a presença de vários estudantes e tratou de temas importantes para o entendimento de como a governança corporativa pode contribuir para o futebol que a gente quer.



Tive a honra de ser um dos palestrantes, juntamente com figuras de peso: Dr. Felipe Sanches, da PricewaterhouseCoopers Brasil, Dr. Carlos Rátis, advogado e professor da UFBa, e Dr. Renato Mendonça, da BDO Brasil.


O evento "O futebol que a gente quer" faz parte do programa da pós graduação da Fundação 2 de Julho no curso de MBA em Gestão Esportiva.




As apresentações seguiram o seguinte esquema:

1) Notas introdutórias (por mim apresentadas):
  • foram bordados os temas fundamentais da governança, tais como conceitos, princípios, objetivos, estruturação e códigos;
  • na sequência, foram feitos rápidos comentários sobre governança em entidades esportivas e propostas algumas questões para reflexão e estudo.
2) Mitos da governança (Dr. Felipe Sanches):
  • apresentou vários mitos que cercam o estudo e a adoção da governança corporativa, propondo formas de combater tais situações;
  • deixou questões para reflexão pelos alunos.
3) Importância dos conselhos (Dr. Renato Mendonça):
  • tema de suma importância, tratou do valor e da necessidade de empoderamento dos conselhos de administração e fiscal das entidades;
  • também trouxe questões para reflexão e estudo para os estudantes.
4) Temas jurídicos e Caso de estudo: resgate do EC Bahia (Dr. Carlos Rátis):
  • apresentou vários temas jurídicos relacionados a governança e ao caso da intervenção judicial que ocorreu, em 2013, no Esporte Clube Bahia;
  • a cada assunto abordado, o Dr. Rátis sugeriu temas para os estudantes avaliarem para seus TCC.
Da esquerda para a direita: Eu, Dr. Felipe Sanches, prof. Wilson Manoel
(coordenador do curso), 
Dr. Carlos Rátis e Dr. Renato Mendonça.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Sugestão de leitura: 4 falhas de governança corporativa

Meus caros, excelente texto que apresenta rápidas características das principais falhas identificadas na operacionalização da governança em nossas instituições.

Autoria: Zaru Comunicação
Data: 02/04/2018
Local: http://jrscomunicacao.com/2018/04/02/4-falhas-de-governanca-corporativa/



Estrutura de trabalho visa promover agilidade, autonomia e transparência empresarial

Alavancar resultados de forma estratégica é, ou deveria ser, o grande objetivo do gestor de um negócio nos mais diversos segmentos. Segundo o professor Marcos Assi, a governança corporativa contribui para o desenvolvimento econômico sustentável, pois facilita o acesso a recursos e melhora o desempenho empresarial.
“Isso é o que determina as regras a serem aplicadas em um negócio e forma uma estrutura de trabalho que promove melhores práticas administrativas”, diz o especialista.
O também Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP aponta que este ponto, além de agregar valor a um negócio, proporciona mais agilidade, autonomia e transparência nas empresas. “A falta de uma estrutura sólida de governança pode trazer prejuízos às companhias. É primordial detectar falhas que possam comprometer o profissionalismo”, revela.
1. Independência do Conselho Administrativo:
Brechas que comprometam a independência do Conselho Administrativo são consideradas automaticamente como falhas de governança corporativa. “O Conselho tem a finalidade de melhorar a qualidade das decisões estratégicas e contribuir na redução de riscos. Para que funcione de forma efetiva é necessário autonomia. O CEO da empresa fazer parte desse conselho, por exemplo, pode gerar conflitos de interesse. Ainda existem casos que o presidente do conselho determina o que o CEO deve fazer, e isso é preocupante”, destaca Assi.
2. Falta de Comunicação:
A comunicação deve ser vista como um elemento-chave nos processos internos das empresas, pois desempenha papel fundamental e estratégico. “Transparência, eficácia e responsabilidade na comunicação ajuda a reduzir os riscos do negócio, pois auxilia os agentes de governança no desempenho de funções e amplia os níveis de confiança entre todos os públicos da empresa”, explica. “Comunicar depois que foi realizado é a grande falha de muitas empresas, devemos avaliar antes de executar. Podemos citar operações com impactos contábeis e tributários que não são avaliados previamente e causam danos financeiros por questões de algumas irregularidades não identificadas”, complementa o professor.
3. Ausência de efetividade das auditorias independentes:
A ausência de efetividade nos trabalhos das auditorias independentes é uma grande falha na governança corporativa. É por meio delas que podemos assegurar a eficiência na aplicação de recursos de maneira imparcial e transparente. “A realização de auditorias independentes nas organizações é de extrema importância na análise dos controles internos, focando na busca de melhorias contínuas”, reforça o especialista.
4. Sistema de Remuneração:
O Sócio Diretor da Massi Consultoria e Treinamento ainda aborda questões relacionadas à remuneração. “Um dos propósitos da boa governança é facilitar e estimular o desempenho de todos. Um dos métodos envolve a criação e a manutenção de incentivos que proporcionem produtividade e eficiência empresarial. Quando determinados executivos têm o poder de decidir sobre suas próprias remunerações, por exemplo, é fato de que há problemas na governança da empresa. Por isso, a implementação de políticas de remuneração e premiação é de suma importância, e atrelada a necessidade de uma política de sucessão na organização”, finaliza.

sábado, 7 de abril de 2018

O Futebol que a gente quer: Olhar de governança 14/4/2018

Fui convidado pelo amigo Wilson Manoel para participar do evento "O futebol que a gente quer: olhar de governança", junto com o Felipe Sanches, que acontecerá em 14/4/2018, na Faculdade 2 de Julho, como parte do programa do curso de pós-graduação em Gestão Esportiva daquela instituição.



Nesse evento, deveremos abordar os conceitos e práticas de governança em sociedades em gera e tratar de aspectos de governança aplicados especificamento a entidades esportivas.

Inscrições em https://doity.com.br/o-futebol-que-a-gente-quer.

Governança em águas escuras: objetivo


Abri este blog para registrar os meus pensamentos e estudos sobre o tema governança corporativa, teoria e a prática, com certa concentração na governança de entidades esportivas.

Passei a gostar do tema quando, como auditor interno do Banco do Brasil, de 2001 a 2017, atuei em trabalhos e estudos sobre governança corporativa. Foi um período de intensas mudanças na forma das corporações administrarem suas relações com o mercado e o mundo, com ênfase no tratamento dado aos sócios minoritários, clientes e meio ambiente - sem deixar de lado os demais stakeholders -, mas atentas às reações do mercado e dos órgãos reguladores.

No último MBA que fiz, ainda como auditor (MBA Auditoria Interna, pela FGV, concluído em 2017), utilizei o tema no trabalho de conclusão do curso: A contribuição da auditoria interna para a governança corporativa de uma instituição financeira nacional - Implantação de programa de auditoria na gestão e na governança corporativa nos domínios tático e operacional.

Em 2017, fui convidado para ministrar aulas de governança no curso de Gestão Esportiva, na Faculdade 2 de Julho, aqui em Salvador, Bahia. Experiência fascinante, pois eu era aluno na mesma turma e me colocar como professor aumentou ainda mais minha motivação para pesquisas e estudos sobre o tema.

No final de 2017, fui escolhido pelo Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia para ocupar uma das cinco cadeiras no Conselho Fiscal do Clube, com mandato até final de 2020. A função de conselheiro fiscal é uma das mais importantes na arquitetura da governança de qualquer entidade, empresarial ou não. Veremos isso neste blog.

O que teremos aqui: textos que produzi nos estudos sobre o tema; comentários sobre livros e artigos que li; apresentação de ideias para melhorar a governança de entidades esportivas; parte do conteúdo que apresento nas aulas; e outras coisas que virão surgindo com o tempo. E, principalmente, as trocas de ideias com vocês, leitores!

Qual o motivo do nome do blog ser Governança em Águas Escuras: meu nome, Douglas, vem do gaélico-escocês e significa "aquele que vem das águas escuras". Em outro blog eu explico melhor isso (Das águas escuras).

Espero que este espaço possa contribuir com a disseminação das ideias e princípios de governança e que isto gere melhorias na forma das organizações se relacionarem com seus parceiros!