Planejamento do trabalho de auditoria
O planejamento é, sem dúvida, a fase mais importante do trabalho da auditoria interna (de qualquer trabalho, convenhamos)
“Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com um futuro de decisões presentes.” Peter Drucker
O planejamento é o alicerce sobre o qual todo trabalho deve ser fundamentado e funciona como um mapa estrategicamente montado para atingir o alvo; estabelece antecipadamente o que deve ser feito, como, onde, quando e por quem, em um nível de detalhes suficiente, sem se perder em múltiplos detalhes a essência do significado global.
Conforme lição de Attie (2018), o planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade em exame.
São objetivos da fase de planejamento da auditoria, resumidamente:
·
obter e disponibilizar conhecimento suficiente
sobre os elementos integrantes do processo e respectivos objetivos, controles e
riscos;
·
identificar os elementos críticos do processo
aplicando a matriz de criticidade;
·
definir os métodos e as técnicas a serem
empregados nos testes, inclusive na escolha dos elementos a serem testados
(amostra ou censo);
·
elaborar os testes essenciais ao trabalho e
definir os elementos representativos que serão verificados;
· estimar o consumo mínimo necessário de recursos para a conclusão da auditoria e de cada ação e resultado esperado (otimizar a alocação de recursos).
Na busca pelo conhecimento sobre o processo e seus objetivos, controles e riscos, deve-se coletar e registrar, de forma ordenada e sistematizada, as informações necessárias e suficientes para entender o objeto da auditoria, levando em consideração os ambientes interno (por exemplo, documentos estratégicos, parâmetros desempenho, valores envolvidos, áreas intervenientes etc.) e externo (por exemplo, legislação incidente, literatura especializada, tendências de mercado, atuação de órgãos reguladores etc.). As informações que representam o conhecimento adquirido são estruturadas por meio dos mapas do processo e dos roteiros de auditoria respectivos.
É possível que durante o planejamento sejam identificadas situações que, pelo nível de vulnerabilidade que provoque nos processos da empresa, devam receber imediato tratamento e, portanto, poderão ser objeto de recomendações e acompanhamento específicos.
A fase de planejamento é concluída com a emissão dos respectivos planos de auditoria, que podem seguir níveis conforme a arquitetura da empresa ou dos trabalhos a serem realizados, bem como ter sua elaboração definidas por normas internas ou externas à empresa.
(trecho do livro Auditando Tudo - O Departamento Jurídico), ainda não lançado
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