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O Aprimoramento da Governança Empresarial no Brasil
Leis mais rígidas elevam o padrão, mas a verdadeira mudança começa com a priorização da ética corporativa
No geral, as empresas ainda estão excessivamente focadas no curto prazo, deixando as boas práticas de governança para segundo plano. É notável a falta de priorização nessa área e, muitas vezes, a preocupação surge apenas quando desejam ingressar no Novo Mercado e, mesmo assim, frequentemente, fazem apenas o mínimo necessário, deixando a governança em segundo plano após a admissão.
Mas há mudanças interessantes. A composição dos conselhos de administração também evoluiu ao longo dos anos e parte dessa mudança é resultado da legislação, como a Lei Anticorrupção de 2013, o Código Brasileiro de Governança Corporativa e a Lei das Estatais. Essas regulamentações impuseram padrões mais rígidos de ética e processos mais transparentes. Naturalmente, isso levou a uma maior conformidade e, como resultado, ao aumento do valor de mercado. À medida que as leis amadurecem, surge inevitavelmente uma maior conscientização sobre a importância da governança corporativa. Ela deixa de ser uma mera formalidade para se tornar uma parte essencial da cultura empresarial.
Uma empresa que negligencia o desenvolvimento de sua estrutura de governança está perdendo não apenas valor de mercado, mas também a confiança de seus investidores e do público em geral. Em um futuro próximo, a discussão sobre a importância da governança será superada, já que espera-se que todas as empresas listadas cumpram rigorosamente as regras de boas práticas.
O momento de valorizar a governança não está apenas na implementação das normas, mas na análise constante de seu funcionamento. O verdadeiro aprimoramento ocorre quando as empresas compreendem que a governança não é apenas uma caixa a ser marcada, mas um processo em constante evolução.
Enquanto a governança corporativa for vista como uma mera formalidade para listar na Bolsa, estaremos perdendo uma oportunidade valiosa de evoluir e construir organizações mais éticas e transparentes. A verdadeira mudança começa quando a governança é priorizada, valorizada e vista como um pilar essencial para o sucesso sustentável das empresas. É hora de ir além do "check-list" e abraçar a governança como um princípio fundamental de negócios.
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