domingo, 7 de agosto de 2022

As 13 regras de ouro da boa gestão

 As 13 regras de ouro da boa gestão


Qual o segredo para uma gestão de sucesso? Segundo a FNQ (Fundação Nacional da Qualidade) a resposta está em um conjunto de boas práticas que ajuda as empresas a melhorar seus resultados e a sua produtividade.

De acordo com a FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), são 13 os fundamentos que funcionam como regras básicas que podem ser traduzidas como um manual prático da gestão. Época NEGÓCIOS teve acesso ao documento e revela a seguir cada um deles. Confira:

1. Pense de forma sistêmica e não apenas no próprio umbigo
A organização precisa compreender as relações de interdependência de seus diversos componentes, bem como da organização e o ambiente externo. A forma com que essas relações são gerenciadas afeta positiva ou negativamente a busca dos resultados de competitividade e sustentabilidade da organização.

2. Compreenda seu papel dentro de uma rede de relacionamentos
Toda organização faz parte de uma rede formal ou informal de relacionamentos, em que ocorre a cooperação entre empresas ou indivíduos com interesses comuns e competências complementares, como clientes, parceiros, fornecedores, colaboradores, entre outros membros da sociedade. É fundamental entender seu papel dentro dessas redes e gerir os relacionamentos visando harmonizar todos os aspectos de incompatibilidade.

3. Promova o aprendizado coletivo com o conhecimento compartilhado
Um bom gestor deve estimular o avanço do conhecimento organizacional por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências.
A organização deve buscar o aprendizado participativo e o conhecimento compartilhado. A gestão do conhecimento valoriza e perpetua os ativos intangíveis geradores de diferenciais.

4. A competitividade depende da criatividade e da inovação
É importante que se promova um ambiente favorável à geração, experimentação e implementação de novas ideias que possam trazer um diferencial competitivo para a organização, com desenvolvimento sustentável.

5. A adaptação ao novo deve ser uma meta
É fundamental que a empresa se adapte às novas demandas tanto do ambiente em que está inserida quanto das partes interessadas. Essa ação exige uma maior agilidade por parte das organizações, visando aos processos simples, flexíveis e rápidos, à assimilação de mudanças e à implementação de ajustes e contrapartidas.

6. O líder deve dar o exemplo
O líder precisa atuar de forma aberta, democrática e ativa, incentivando a cultura da excelência entre todas as partes interessadas, a promoção de relações de qualidade e a proteção dos interesses da organização. Inspirador e motivador, ele deve disseminar, entre os colaboradores, os valores da organização, além de ser responsável pela preparação de novos líderes.

7. Equilibre planos a curto e longo prazos
É fundamental que se identifiquem os fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo, assegurando a realização de estratégias apropriadas, que tragam resultados no presente sem comprometer o sucesso no longo prazo.

8. Conhecimento sobre clientes e mercados
É necessário que a organização entenda as necessidades, as expectativas e os comportamentos de seus clientes e do mercado como um todo, visando à criação de valor de forma sustentável e, consequentemente, com foco na competitividade.

9. Seja socialmente responsável dentro e fora da organização
A empresa precisa primar pela relação ética e transparente com todos os públicos com os quais se relaciona, bem como responder pelos impactos sociais e ambientais de suas decisões e atividades e inserir-se no desenvolvimento sustentável da sociedade, por meio da preservação de recursos ambientais e culturais para gerações futuras, do respeito à diversidade e da promoção da redução das desigualdades sociais como parte da estratégia da organização.

10. Incentive, respeite e valorize colaboradores
A empresa precisa criar condições para que as pessoas se realizem profissional e pessoalmente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, do desenvolvimento de competências e de espaços para empreender. Também é importante valorizar a cultura organizacional para que essa seja guiada por valores, costumes e comportamentos que fortaleçam a excelência da gestão.

11. Tome decisões com base em indicadores
As decisões geradas em uma organização são baseadas nas informações recebidas. É importante que elas sejam consistentes, aumentando, assim, a possibilidade de tomada de decisões mais eficazes. O uso correto de indicadores, medições e análise de dados auxilia o processo.

12. Saiba quais processos geram valor na organização
A organização, por meio dos seus gestores, deve conhecer e segmentar o conjunto de processos que agregam valor para os clientes e as partes interessadas. É importante configurar processos em unidades facilmente gerenciáveis e estabelecer seus padrões para atender aos requisitos de desempenho.

13. Estabeleça metas entre seus públicos e meça os resultados
Para alcançar resultados positivos, uma organização precisa gerar valor para suas partes interessadas. Sendo assim, é fundamental estabelecer compromissos e metas de acordo com a satisfação das partes interessadas. Para entender se o caminho está correto, as organizações devem monitorar seus resultados, comparando-se com a concorrência ou empresas que são referência do setor.

Fonte: Época Negócios
Data da informação: 27/05/2014

terça-feira, 26 de julho de 2022

A GC auxilia para que boas práticas de gestão melhorem as relações organizacionais?


Boas práticas de gestão precisam ser compartilhadas, ter orientação para o propósito organizacional e para uma cultura consciente da empresa. Para isso, precisam ser difundidas. 

E um excelente apoio para esse propósito é a governança corporativa, principalmente por proporcionar:

  • A criação de fóruns de discussão focados no assunto
  • Colaboração na mitigação dos riscos
  • Indicações de segurança nas operações da empresa
  • A construção de valor para os negócios do presente e do futuro

Promover boas práticas de gestão que sirvam de apoio para a perenidade e para a construção de valor para os negócios é um dos principais objetivos da governança e um dos pilares da governança está na informação e divulgação das boas práticas.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Governança e seus desafios para empresas

A governança corporativa é um conjunto de práticas definidas e implantadas para fortalecer a organização, conjugar interesses e conciliá-los com os órgãos de fiscalização e regulamentação, Ele se baseia em quatro princípios básicos e necessários: transparência, equidade, prestação de contas (ou accountability) e responsabilidade corporativa.  

Em qualquer empresa, e isto já deixou de ser novidade, a governança não só é uma forma de evitar problemas, mas ela agrega valor ao negócio, aumentando as chances de harmonizar interesses, excelência da operação, segurança da gestão e sucesso do empreendimento.

Contribui para a melhoria dos processos, para a definição da estrutura organizacional e das responsabilidades na empresa. Tudo isso implusiona o crescimento orgânico, dando segurança aos investidores, com melhores resultados. Com a implantação da governança corporativa, há um ganho imensurável na valorização da imagem e no valor de mercado e, ainda, evita o envolvimento da empresa em crises.

Diante de toda essa importância e essencialidade, torna-se imperioso que os integrantes do board das empresas compreendam qual o estágio das suas companhias, o valor e posicionamento de mercado, o produto, a imagem e sua estruturação jurídica para aplicar processos eficientes no negócio. Tal tarefa necessita de profissionais gabaritados, competentes e preparados para cumpri-la com eficiência e eficácia.


segunda-feira, 11 de abril de 2022

A Participação Feminina na Governança Corporativa - O que fazer para aumentar

Por que mulheres enfrentam tanta dificuldade em entrar no mundo da governança corporativa?

Tema discutido apenas quando entra, por alguma razão, em voga, a participação feminina em órgãos de governança custa a se ampliar.

Uma pesquisa da Grant Thornton apontou queda de um ponto percentual na ocupação de cargos de liderança no Brasil (caiu de 39% para 38%). Isso, por si só, já mostra a dificuldade em atingir a homogeneidade na quantidade de homens e mulheres exercendo esses cargos.

O que fazer, então? 

Um passo que vem sendo seguido por algumas empresas é a criação de diretorias de diversidade e inclusão. Outro é exigir, nas seleções de executivos, uma lista de candidatos com diversidade de gênero. A existência de ações nesse sentido já é um bom caminho andado. Mas é preciso muito mais.


sábado, 19 de fevereiro de 2022

Planejamento do trabalho de auditoria

Planejamento do trabalho de auditoria

O planejamento é, sem dúvida, a fase mais importante do trabalho da auditoria interna (de qualquer trabalho, convenhamos) 

“Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com um futuro de decisões presentes.” Peter Drucker 

O planejamento é o alicerce sobre o qual todo trabalho deve ser fundamentado e funciona como um mapa estrategicamente montado para atingir o alvo; estabelece antecipadamente o que deve ser feito, como, onde, quando e por quem, em um nível de detalhes suficiente, sem se perder em múltiplos detalhes a essência do significado global.

Conforme lição de Attie (2018), o planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade em exame.

São objetivos da fase de planejamento da auditoria, resumidamente:

·         obter e disponibilizar conhecimento suficiente sobre os elementos integrantes do processo e respectivos objetivos, controles e riscos;

·         identificar os elementos críticos do processo aplicando a matriz de criticidade;

·         definir os métodos e as técnicas a serem empregados nos testes, inclusive na escolha dos elementos a serem testados (amostra ou censo);

·         elaborar os testes essenciais ao trabalho e definir os elementos representativos que serão verificados;

·         estimar o consumo mínimo necessário de recursos para a conclusão da auditoria e de cada ação e resultado esperado (otimizar a alocação de recursos). 

Na busca pelo conhecimento sobre o processo e seus objetivos, controles e riscos, deve-se coletar e registrar, de forma ordenada e sistematizada, as informações necessárias e suficientes para entender o objeto da auditoria, levando em consideração os ambientes interno (por exemplo, documentos estratégicos, parâmetros desempenho, valores envolvidos, áreas intervenientes etc.) e externo (por exemplo, legislação incidente, literatura especializada, tendências de mercado, atuação de órgãos reguladores etc.). As informações que representam o conhecimento adquirido são estruturadas por meio dos mapas do processo e dos roteiros de auditoria respectivos.

É possível que durante o planejamento sejam identificadas situações que, pelo nível de vulnerabilidade que provoque nos processos da empresa, devam receber imediato tratamento e, portanto, poderão ser objeto de recomendações e acompanhamento específicos.

A fase de planejamento é concluída com a emissão dos respectivos planos de auditoria, que podem seguir níveis conforme a arquitetura da empresa ou dos trabalhos a serem realizados, bem como ter sua elaboração definidas por normas internas ou externas à empresa.


(trecho do livro Auditando Tudo - O Departamento Jurídico), ainda não lançado 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Programa de Diversidade em Conselhos e a ASG - O que têm em comum?

Programa de Diversidade em Conselhos e a ASG - O que têm em comum?

Em recente reportagem no Portal O Globo (link aqui), a jornalista Mariana Barbosa explica por que as empresas precisam eleger 130 mulheres para alcançar meta de 30% de diversidade em Conselhos


Segundo o artigo, pelas contas do 30% Club, seriam necessárias 130 mulheres para o País sair da marca atual de 16,1% de vagas ocupadas por mulheres para o ideal mínimo de 30%. Atuando no Brasil há 4 anos, o 30% Club está em campanha para convencer as empresas listadas a ampliar a diversidade nos conselhos a partir de abril deste ano, quando muitas empresas terão eleições para renovar seus conselhos.


A reportagem cita a fundação Women Corporate Directors, que possui um banco de dados com nomes de 200 potenciais conselheiras, o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), que já certificou mais de 200 conselheiras, e escolas como Saint Paul, que está formando a oitava turma de conselheiras aptas a assumirem suas funções. 


Cita, também, o 30% Club, movimento global que advoga por mais diversidade nos conselhos das empresas, o Programa de Diversidade em Conselhos, que é apoiado pela B3 (bolsa de valores oficial do Brasil) e pela consultoria Spencer Stuart e que já ofereceu mentoria para mais de 100 mulheres, e o Conselheira 101, um movimento de mulheres negras com formação para atuarem em conselhos e que conta com um banco de dados com 40 nomes, como entidades que defendem a necessidade de diversidade nos conselhos corporativos no Brasil.


O movimento 30% Club conta com a adesão de 40 casas de investimentos que se comprometem com a causa e, segundo a diretora de investimento da Aberdeen, maior gestora de recursos do Reino Unido e que aderiu ao clube dos 30%, Brunella Isper Gomide, as "questões ESG (ambiente, social e de governança) estão incorporadas às nossas análises de investimento e estamos sempre levando o tema para as conversas com as empresas do nosso portfólio". Ou seja, a diversidade nos conselhos já faz parte dos requisitos ESG dos investidores e pode se tornar umm diferencial para aquelas companhias que almejam recursos de investimento.


Fonte: BARBOSA, Mariana. Empresas precisam eleger 130 mulheres para alcançar meta de 30% de diversidade em Conselhos. Disponível em: https://blogs.oglobo.globo.com/capital/post/empresas-precisam-eleger-130-mulheres-para-alcancar-meta-de-30-de-diversidade-em-conselhos.html. Acesso em 12 jan. 2022, às 09:32.

sábado, 8 de janeiro de 2022

ASG e LGPD - O que isso tem a ver com governança?

 ASG e LGPD - O que isso tem a ver com governança?

Ambas representam desafios para as entidades, mas também contribuem para a sustentabilidade, ética e resultados positivos.

ASG (sigla para ambiental, social e governança - ou, em inglês, ESG: environmental, social and governance) configura-se em medidas adotadas para preservar o meio ambiente, garantir melhores condições de trabalho, diversidade e desenvolvimento da equipe, além de permitir a criação de um sistema de governança corporativa efetivo, eficaz e eficiente.

Já não é mais uma opção para as empresas a adoção da ASG, pois percebe-se que as entidades que valorizam negócios que respeitam o meio ambiente e as pessoas e que tenham um bom sistema de gestão atraem os melhores investidores e melhoram sua imagem perante a sociedade.

LGPD é a sigla para a Lei Federal nº 13.709/2018, chamada de Lei Geral de Proteção de Dados, que regulamenta o uso dos dados pessoais no território brasileiro. Como toda lei, tem caráter coercitivo e prevê multas e sanções para quem descumprir suas regras. E isso vale para pessoas jurídicas, públicas ou privadas, e até pessoas físicas

A proteção dos dados pessoais e da privacidade passaram, com a vigência da LGPD no País, a ser um novo valor a ser agregado nas rotinas internas e externas das empresas, agora sob pena de sanções pelo Poder Público.

A governança está na própria sigla ASG e está intimamente vinculada à LGPD no requisito do compliance, que é intrínseco à governança.

Tanto os critérios ASG quanto às normas cogentes da LGPD exigem que as instituições formulem ou aprimorem programas e equipes responsáveis por gerir a proteção do ambiente (natureza, sociedade, clientes), dos colaboradores (empregados e fornecedores) e dos dados pessoais no desenvolvimento de seus produtos e serviços, e o sistema de governança corporativa tornando transparente e efetivo.

Ainda estamos em plena transição, no Brasil, em busca de meios e alternativas para incorporar os princípios ASG e da LGPD nas rotinas empresariais até que tais valores sejam naturais no desenvolvimento do trabalho cotidiano. Mas há esperança de que isso ocorra o mais rápido possível!


quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Quais as tendências para a gestão em 2022

Tendências para a Gestão em 2022

Perguntaram-me quais seriam as tendências para a gestão no novo ano e, confesso, parei um pouco para juntar mentalmente as informações. Eis algumas elucubrações. Nada que cito é verdadeiramente novo - vivi muito disso quando trabalhei no Banco do Brasil e vivo até hoje em meu trabalho autônomo - mas a sua consideração como tendência se justifica pela pouca utilização - ainda - pelas empresas nacionais.

Trabalho remoto, presencial e híbrido

De supetão, foi minha primeira resposta já que a situação de pandemia da Covid-19 sobrelevou o tele trabalho como uma forma eficiente e eficaz para a realização de tarefas antes definidas como necessariamente presenciais. Com o avançar dos bons resultados no enfrentamento do vírus SARS-CoV-2 e aberta a possibilidade de retorno ao convívio laboral presencial, as empresas passaram a reativar os postos presenciais e criar formas de trabalho híbridas (parte presencial, parte à distância), com todos os seus prós e contras. Em 2022, tal dinâmica tende a se consolidar, o que provocará nos gestores, empresas e profissionais a necessidade de adaptação a esta realidade e de viabilizar formas de coexistência dos modelos presenciais, híbrido e remoto dentro da realidade de cada negócio e de cada time. 

Governança

Sem dúvida, e mais que nunca, a governança (em resumo, sistema pelo qual as empresas são dirigidas e monitoradas) mostra-se fundamental - ao lado dos aspectos sociais e ambientais - para a perenidade das entidades e se aplica a empresas, pessoas e sociedade, ou seja, uma empresa só existe porque está inserida em determinado contexto, seus funcionários e clientes pertencem a determinada sociedade,  então percebe-se a importância de considerar os impactos e os fatores de suas decisões sob as perspectivas sociais, legais e ambientais. E isso passa pela implantação e a manutenção de uma governança forte em 2022, com ética e empoderamento, pois sustentará o futuro das organizações, conforme o nível de maturidade de cada.

Aprendizado contínuo

Mais uma tendência que foi intensificada pela pandemia. Aliás, mais que tendência, trata-se uma mudança de mentalidade tanto das empresas mas, principalmente, dos colaboradores. Procura-se identificar aquilo que não sabemos ou dominamos para buscar aprender (estudando, pesquisando ou vivendo experiências) e efetivamente aplicar aquilo que aprendeu. E repetir isso todos os dias até o fim da vida. Será tendência em 2022, aproveitando o boom de cursos on line, universidades corporativas e treinamentos híbridos (parte presencial e parte via internet) e a compreensão de que só progride quem gera e consome conhecimento.

Outras possibilidades

Pensei em outras situações que poderiam se tornar tendências para o mundo corporativo em 2022 (intensificação do uso de tecnologias ágeis em áreas distintas da tecnologia da informação; abordagem de liderança transformacional; utilização massiva de big-data; empoderamento das áreas de auditoria e controle), mas resolvi parar por aqui para não tornar extensivo este despretensioso post neste humilde blog.